ADFLY

ADFLY

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Palhetas: Uma Dôr de Cabeça?

Palhetas: Uma Dôr de Cabeça?

As palhetas são muitas vezes uma verdadeira dor de cabeça para os saxofonistas. Como diz o Rui Cardoso, uma pessoa investe milhares de euros no instrumento, mais umas centenas na boquilha, para depois tudo ser estragado por uma palheta de 1 ou 2 euros! É importante desenvolver alguma disciplina com as palhetas para não acontecer aquilo que já aconteceu a todos os saxofonistas: chegar ao concerto e não ter uma palheta "boa".

Muita gente usa procedimentos diferentes, e, desde que funcione acho que não há um método melhor que outro. Ao fim de anos de sofrimento, em que numa caixa de 10 chegava a usar só 1 ou 2, encontrei um sistema que para mim funciona muito bem. De forma a que hoje em dia em regra uso todas as palhetas de uma caixa sem "stressar".

A ideia é muito simples: com uma caixa de palhetas, começo por usar uma, e, quer seja boa ou má, mudo de palheta ao fim de 15 mns. A seguir volto a mudar ao fim de 15 mns e por aí fora, até dar a volta à caixa. Nos ensaios também estou sempre a mudar de palheta. Volto a dizer: boa ou má, não interessa.

Isto permite duas coisas: as palhetas ficam húmidas, e essa humidade ajuda a palheta a ganhar a resistência mais adequada para nos a tocarmos. Quando trocamos de palheta, ela fica "a reposar", ou seja a absorver essa humidade de forma a que quando é usada outra vez já tem características bem diferentes, para melhor. Por outro lado isso obriga-nos a desenvolver bastante flexibilidade na nossa embocadura por estarmos sempre a mudar, e isso é bom pois ficamos prontos para qualquer situação (esse é para mim o grande defeito das palhetas de plástico, para além do som: como a tocamos durante bastante tempo perdemos essa flexibilidade e quando, por algum motivo temos mesmo de mudar, temos dificuldade em nos adaptar à nova palheta).

Mais um conselho: manter as palhetas húmidas, isto é, não as secar. Depois de secas para tocá-las outra vez ficam um pouco desequilibradas (às vezes "onduladas") e leva tempo a recuperá-las. Há quem as mantenha mesmo em recipientes com água permanentemente, o que obriga a um esforço adicional de organização logística (andar sempre com o frasco com palhetas, ocupa mais espaço, etc). Pessoalmente não faço isso (tenho algumas reservas em relação à higiene deste processo), mas de facto isso faz com que as palhetas estejam sempre prontas a tocar!

Com este sistema tenho sempre palhetas preparadas e, como disse, uso todas as palhetas de uma caixa.

Boa sorte!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Os leitores são responsáveis pelos seus comentários postados neste site.
O AjaSax não se responsabiliza pelo conteúdo colaborativo apresentado e ainda se reserva ao direito de deletar, sem aviso ou consulta prévia, comentários com conteúdo ofensivo, palavras de baixo calão, spams ou, ainda, que não sejam relacionados ao tema proposto pelo post do blog ou notícia.